quinta-feira, julho 19, 2007

À criança que nunca conheci

Queria poder te dizer
tudo que vi.
Quem dera pudesse transpor num olhar
tudo que senti.

A estranheza calma
do desconhecido
A urgência sutil
de cada manhâ

Queria poder estar
Pra lhe falar da esperança
Da angústia, do medo
Ver seu primeiro sorriso,
seu espanto, seu pranto
descansar-te em meu seio

Quem dera pudesse trazer de volta
o instante
Que o tempo cruel me levou
Imploraria pra que se compadecesse
e parasse o mundo por um segundo.
Antes do despertar da minha dor.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa...po...ta na hora de pensar num livro né?

Fil Porto disse...

Quem seria a criança?
Livro?essa menina tem mais poesias do que músicas...acho que livro ta sendo pouco...

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Bacharel em Letras-Português Inglês pela UFRJ - Jornalista formada pela UNESA. Por mim mesma (26/07/2007) Não sei desenhar. Não vejo novela. Não sei quem é a atriz do momento. Como a nêga, nunca fui à Bahia não. Nem quero ir. Não gosto de mate. Não faço pilates. Nem ioga. Odeio Paulo Coelho. Abomino Jabour e Mainardi. Não queria morar numa cabana. Não queria ter um iate. Queria ter menos preguiça. Queria ter menos vontade. Queria tocar piano. Queria cantar. Bem alto. Queria ler todos os livros bons. Queria ler a alma, dos maus. Queria comer chocolate e não engordar. Rir na hora de calar. Queria ter mais amigos verdadeiros Queria ter menos amores vãos. Queria ter poderes mágicos. De parar o tempo. De fazer voltar as horas. Queria ter mais vidas Pra caber tudo Que eu queria ser.