segunda-feira, maio 09, 2016


Ela curou medo do soldadinho de chumbo. Ela fez bolo, empadinha, pastel. Ela afastou a tempestade que caía dos meus olhos. Ela aplaudiu quando ninguém estava olhando. E aplaudiu de pé quando todos comemoravam. Ela não dormiu, não comeu, não descansou. Ela se doou inteira. Ela é a mão que levanta, o abraço que conforta, o colo que acalenta, o olhar que norteia. Sem ela, falta algo em mim. Sem ela, eu não seria. Escolhemos o lar que habitamos. Obrigada Deus, por me dar a melhor que poderia ter. Feliz Dia das Mães! Te amo muito!!!

segunda-feira, novembro 29, 2010

Ética e imprensa


“O dilema ético típico dentro do campo jornalístico é aquele que opõe um valor justo e bom a outro valor que, de início, apresenta-se igualmente como justo e bom. Por isso é tão difícil e por isso merece tanta reflexão. É nessa medida que a teoria clássica sobre ética tem sido invocada para oferecer parâmetros ao jornalista”. (Bucci, 2000, p.21)

Este trecho extraído do livro “Sobre ética e imprensa”, de Eugênio Bucci, dá margem à discussão sobre a ética utilitarista também citada por Lambeth, em “Committed Journalism”, cuja ação do agente deve ser condicionada àquela que trará mais benefícios para mais pessoas. Obviamente, nenhuma dessas atitudes se utilizaria de meios ilícitos para atingir o chamado “bem geral”. Para Bucci, não se pode confundir o utilitarismo com a máxima segundo a qual os fins justificam os meios, e sim o emprego dos meios para a obtenção de fins moralmente valiosos.
Segundo Sérgio Mattos, em seu livro “Mídia Controlada – A história da censura no Brasil e no mundo”, a liberdade de imprensa é imprescindível não só para os jornalistas como também para todas as camadas da população. No entanto, no que concerne à ética jornalística, essa “liberdade” que o utilitarismo permite ao agente é bastante criticada. Afinal, por que razão o jornalista deve possuir um “poder supremo” de dizer qual bem é maior que o outro, ou de avaliar qual conseqüência de sua atitude é melhor que a outra?
O debate se alonga na medida em que jornalistas são muitas vezes partidários de uma ou outra ética – a utilitarista ou a universal. A universal não seria exclusiva de nenhuma profissão, e sim uma ética para todos os cidadãos. A ética utilitarista, a meu ver, abre brechas para que jornalistas mal-intencionados pratiquem atos antiéticos, tendo como justificativa o bem coletivo, quando de fato seus interesses são meramente individuais e/ou comerciais. Por terem a função de descobrir e divulgar informações, poderiam então os jornalistas quebrar as regras de conduta impostas a todos os cidadãos, e serem isentos de culpa por atos como roubar documentos, mentir, praticar falsidade ideológica, respaldados pela busca desse “bem maior?”.
É claro que as duas práticas discutidas se mesclam, e que a decisão ética é de foro individual, mas deve levar em conta sempre o bem comum. O fundador do utilitarismo, Jeremy Bentham, preconizava a máxima “a maior felicidade para o maior número possível de pessoas”. O fim é, assim, a felicidade coletiva, e não o êxito de um determinado objetivo. A conduta do jornalista não se torna aceitável somente porque este obteve como resultado final o êxito. Ele deve conduzir suas ações com o objetivo primordial de informar o público.
Acreditar que mentir, roubar documentos, usar dos mais diversos meios escusos para conseguir informação é a única maneira de obtê-la nos dias de hoje é reduzir toda classe jornalística a uma parcela que pratica essas ações. O mercado jornalístico, que valoriza o furo, que se preocupa com a maximização do lucro, faz muitas vezes com que os jornalistas levem em conta o medo de perder o emprego e até mesmo a sua satisfação pessoal ao tomarem suas decisões. Apesar de o jornalista de hoje enfrentar essa realidade, e de a informação nem sempre ser fácil de ser obtida, não é necessário infringir leis e ir de encontro aos princípios éticos tão preconizados no exercício da profissão para realizar seu ofício e atingir o “bem maior” – levar a informação de forma ética ao cidadão.

quinta-feira, maio 06, 2010

Inspiração

O papel em branco, como se gritasse.
Nada. Apenas a vaga lembrança de sua visita.
Havia tempo...
Seria a rotina?
A poesia não aceita desculpas.
Bate à porta quando menos se espera.
Mas jamais se sujeita a encomendas.

A poesia, pra ser -
de repente, repentina...
Descabida!
Se faz de efêmera
quando eterna.

Se partir, não mais era
ou talvez, nem tenha sido.
A verdadeira não nos deixa dúvidas.
Começa na retina e invade a alma. E não parte.
Nunca.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Da vida...


Às vezes me pergunto se é mesmo assim
Se era somente isso
Se havia mais perguntas a serem feitas
Mais certezas perdidas
Se era o que a vida queria
de mim.
Se voltasse rápido, ou talvez fugisse
bem depressa
Se ficasse quieta.
Talvez sim.
Se ficasse muda. Estática.
E a deixasse passar por mim.
É, talvez sim.

Mas grito alto. Falo o que calo. Tropeço na saída.
Brado, não finjo.
E ela corre, ligeira
de mim.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Vovó de Paquetá

Ah, que saudade do cheiro de terra
Do gosto de mar
Da árvore gorda
Do escorrega, da bicicleta
Da minha infância, com você,
Em Paquetá.

Do bolinho de arroz, da batata-frita, do pastel.
de ser somente criança
E mais nada importar.

Até mesmo do vidro-siri que me cortou o pé!

Do cheiro de dama da noite
Do passo ligeiro da charrete
do gosto de brisa no ar
E as horas lentas, ao teu lado
Que teimavam em se apressar!

Não iria mais catar contas na areia
pra delas fazer colar
Nem tomar sorvete no seu Valdeci,
nem o cemitério dos pássaros visitar.
Já era hora de voltar...

Agora a mim só restava
de novo ansiar
pelo apito da velha barca
que me levaria de novo a você

Mas a lembrança que ficava
era de que ali
sempre me esperava
um segundo lar.

terça-feira, outubro 06, 2009

Ao meu tio...

O papel está em branco. De luto.
O artista partiu, de repente.
Pra outros campos, outras telas, outras gentes.
Outros traços.
Foi, enfim, ser feliz.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Para minha cunhada querida e flaustista mulher (senão dá briga rs) predileta!!! Parabéns!!!!!!!!!!

Ela é pura música. Não qualquer uma, dessas que ficam martelando o ouvido.
Talvez uma bossa. Ou um bom choro.
Não, ela não é música, e sim melodia. Isso mesmo. Sem letra.
Suas notas cantam o que ela é. E por fim ecoa.

Suave, inesquecível...

Quem sou eu

Minha foto
Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Bacharel em Letras-Português Inglês pela UFRJ - Jornalista formada pela UNESA. Por mim mesma (26/07/2007) Não sei desenhar. Não vejo novela. Não sei quem é a atriz do momento. Como a nêga, nunca fui à Bahia não. Nem quero ir. Não gosto de mate. Não faço pilates. Nem ioga. Odeio Paulo Coelho. Abomino Jabour e Mainardi. Não queria morar numa cabana. Não queria ter um iate. Queria ter menos preguiça. Queria ter menos vontade. Queria tocar piano. Queria cantar. Bem alto. Queria ler todos os livros bons. Queria ler a alma, dos maus. Queria comer chocolate e não engordar. Rir na hora de calar. Queria ter mais amigos verdadeiros Queria ter menos amores vãos. Queria ter poderes mágicos. De parar o tempo. De fazer voltar as horas. Queria ter mais vidas Pra caber tudo Que eu queria ser.