segunda-feira, agosto 20, 2007

Teu voar



Vai, abre teus os braços e acolhe a dor

Voa, e mente o pranto que te fez pousar

Rasga o céu com teu bailar

que o dia volta, que a luz se acende

Que não há mais nada

E o que hoje sentes

Há de cessar

Dança, o mais belo bater

de asas que já se viu

Que a mágoa espanta

E por fim se cansa

De descolorir teu voar.

3 comentários:

Fil Porto disse...

caraca tati, ta muito maneiro..você quem fez ou apenas postou aqui?de qualquer forma adorei..me fez lembrar algo nada poético,porém profético. Não me recordo direito das palavras, mas também é ligado à imagem de uma borboleta,tal qual o filme Papillon.
Espero as próximas..bjs grandes

P.S.:Quanto à conexão da sua poesia a uma frase que ja ouvi, é o bater das asas de uma borboleta no oriente, leva os ventos no Ocidente...algo nesse sentido..se vc se lembrar do que me refiro,por favor diga...

Anônimo disse...

Borboletas...

Elas sempre inspiram, não? :)

Mas, não as admiro por serem belas (além disso parecer meio gay, hehehe). As admiro por elas serem criaturas extremamente fortes. Uma borboleta que consegue voar, passou por muita dor para que suas asas se formassem: quando sai do casulo, ela precisa ser forte para romper a seda.

Já tentou rasgar seda com as mãos? É difícil. Elas conseguem fazer isso, mesmo tendo aquele tamanho, e mesmo aparentando fragilidade.

Se elas não fizerem esse esforço sozinhas (se alguém ajudar com a abertura do casulo), suas asas não serão lubrificadas com a substância do casulo, e sairão deformadas.

O dom de voar não é uma dádiva meramente agraciada, mas, conquistada, e com muito esforço e sofrimento.

Bjos!

Anônimo disse...

Aaaaaaah, ainda bem que vc me lembrou do detalhe, me perdi nas explicações e enrolações!

Gostei muito da poesia :)

Vc é a minha poetisa favorita!

Bjos!

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Bacharel em Letras-Português Inglês pela UFRJ - Jornalista formada pela UNESA. Por mim mesma (26/07/2007) Não sei desenhar. Não vejo novela. Não sei quem é a atriz do momento. Como a nêga, nunca fui à Bahia não. Nem quero ir. Não gosto de mate. Não faço pilates. Nem ioga. Odeio Paulo Coelho. Abomino Jabour e Mainardi. Não queria morar numa cabana. Não queria ter um iate. Queria ter menos preguiça. Queria ter menos vontade. Queria tocar piano. Queria cantar. Bem alto. Queria ler todos os livros bons. Queria ler a alma, dos maus. Queria comer chocolate e não engordar. Rir na hora de calar. Queria ter mais amigos verdadeiros Queria ter menos amores vãos. Queria ter poderes mágicos. De parar o tempo. De fazer voltar as horas. Queria ter mais vidas Pra caber tudo Que eu queria ser.