quarta-feira, novembro 11, 2009

Vovó de Paquetá

Ah, que saudade do cheiro de terra
Do gosto de mar
Da árvore gorda
Do escorrega, da bicicleta
Da minha infância, com você,
Em Paquetá.

Do bolinho de arroz, da batata-frita, do pastel.
de ser somente criança
E mais nada importar.

Até mesmo do vidro-siri que me cortou o pé!

Do cheiro de dama da noite
Do passo ligeiro da charrete
do gosto de brisa no ar
E as horas lentas, ao teu lado
Que teimavam em se apressar!

Não iria mais catar contas na areia
pra delas fazer colar
Nem tomar sorvete no seu Valdeci,
nem o cemitério dos pássaros visitar.
Já era hora de voltar...

Agora a mim só restava
de novo ansiar
pelo apito da velha barca
que me levaria de novo a você

Mas a lembrança que ficava
era de que ali
sempre me esperava
um segundo lar.

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Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Bacharel em Letras-Português Inglês pela UFRJ - Jornalista formada pela UNESA. Por mim mesma (26/07/2007) Não sei desenhar. Não vejo novela. Não sei quem é a atriz do momento. Como a nêga, nunca fui à Bahia não. Nem quero ir. Não gosto de mate. Não faço pilates. Nem ioga. Odeio Paulo Coelho. Abomino Jabour e Mainardi. Não queria morar numa cabana. Não queria ter um iate. Queria ter menos preguiça. Queria ter menos vontade. Queria tocar piano. Queria cantar. Bem alto. Queria ler todos os livros bons. Queria ler a alma, dos maus. Queria comer chocolate e não engordar. Rir na hora de calar. Queria ter mais amigos verdadeiros Queria ter menos amores vãos. Queria ter poderes mágicos. De parar o tempo. De fazer voltar as horas. Queria ter mais vidas Pra caber tudo Que eu queria ser.