quinta-feira, fevereiro 05, 2009

A não-poesia

Não tenho mais tempo para a poesia
Ou talvez não tenha mais versos.
Na contramão do dia-a-dia
de súbito se esvaem
como não fossem pra ser.

A poesia precisa de tempo
E isso eu não mais tenho.
Talvez pegue emprestado
uns versos soltos,
e como numa colcha de retalhos,
mande-os tecer.

Mas a poesia precisa de tempo.
E isso eu já não posso mais lhe oferecer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tempo...

Não deixe sua pena secar por causa de um mero sistema de medição de duração...

Sua poesia está em sua mente, gerada por sua alma. Dentro do vasto universo que vc criou, entre várias outras criações geniais, que pairam a todo momento, em seus pensamentos.

Alimente sua alma... palavras são meros elementos a serem trabalhados pela sua habilidade de ourives das letras.

O tempo? É uma mera medição. Sua poesia vive com vc, sempre.

Beijos.

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Bacharel em Letras-Português Inglês pela UFRJ - Jornalista formada pela UNESA. Por mim mesma (26/07/2007) Não sei desenhar. Não vejo novela. Não sei quem é a atriz do momento. Como a nêga, nunca fui à Bahia não. Nem quero ir. Não gosto de mate. Não faço pilates. Nem ioga. Odeio Paulo Coelho. Abomino Jabour e Mainardi. Não queria morar numa cabana. Não queria ter um iate. Queria ter menos preguiça. Queria ter menos vontade. Queria tocar piano. Queria cantar. Bem alto. Queria ler todos os livros bons. Queria ler a alma, dos maus. Queria comer chocolate e não engordar. Rir na hora de calar. Queria ter mais amigos verdadeiros Queria ter menos amores vãos. Queria ter poderes mágicos. De parar o tempo. De fazer voltar as horas. Queria ter mais vidas Pra caber tudo Que eu queria ser.