segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Maturidade

A pele já não é a mesma.
Nem o brilho, nem a textura.

A dor que doía em desatino
fere pouco mais
que uma leve picada de agulha.

O sonho, antes tão puro e tão menino
Hoje está bem crescido
Mas quando pensa no passado
Chora por seu presente destino.

O riso, outrora tão contido
Hoje ri solto
Da mágoa e da glória

dos anos vividos.

O amor sublime da juventude
ideal inatingível
Abandonou as telas, o folhetim, a ficção
Repousa agora tranqüilo
num lugar desconhecido
que fica no vasto espaço
entre a mente e o coração.

2 comentários:

Doug disse...

Sabe, você escreve tão bem que dá vontade de bater!

Você consegue tocar o coração legal...pelo menos o meu...parabens por tal responsabilidade!

Fil Porto disse...

Malaaa...realmente o tempo vai passando, nossos sonhos deixam de ser simples sonhos e se tornam realidades,e aquilo que para nós era algo distante, cada vez está mais perto. O Futuro dos Jetsons não veio, mas outras coisas já estão no cotidiano.

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Bacharel em Letras-Português Inglês pela UFRJ - Jornalista formada pela UNESA. Por mim mesma (26/07/2007) Não sei desenhar. Não vejo novela. Não sei quem é a atriz do momento. Como a nêga, nunca fui à Bahia não. Nem quero ir. Não gosto de mate. Não faço pilates. Nem ioga. Odeio Paulo Coelho. Abomino Jabour e Mainardi. Não queria morar numa cabana. Não queria ter um iate. Queria ter menos preguiça. Queria ter menos vontade. Queria tocar piano. Queria cantar. Bem alto. Queria ler todos os livros bons. Queria ler a alma, dos maus. Queria comer chocolate e não engordar. Rir na hora de calar. Queria ter mais amigos verdadeiros Queria ter menos amores vãos. Queria ter poderes mágicos. De parar o tempo. De fazer voltar as horas. Queria ter mais vidas Pra caber tudo Que eu queria ser.